22 de outubro de 2010

O Editor Digital


A internet produziu um aumento na ordem de magnitude de conteúdo disponível sem paralelo desde disseminação da prensa de Guttenberg dos séculos 16 a 18. Isso exige inovação editorial a exemplo da que ocorreu na época.
 
"Se continuarmos a escrever no ritmo atual por mais 200 anos, será preciso inventar alguma nova arte de leitura taquigráfica - caso contrário toda leitura será abandonada em desespero." Escrevendo em 1819, Sir Francis Jeffrey, crítico literário escocês e editor do Edinburgh Review, manifestou preocupação com o crescente número de obras literárias disponíveis. Essa tendência já havia provocado uma série de inovações, desde a invenção da biblioteconomia à forma como livros eram editados. No universo editorial, for introduzidas novidades como a divisão de textos em capítulos além do acréscimo de sumários, índices remissivos e de outros tipos e notas marginais indicando mudanças de tópicos. De fato, a utilização de tais elementos era diferencial competitivo dos editores da época. Capas e títulos de páginas se referiam ao número e à precisão de índices, glossários, prefácios e outros instrumentos editoriais para motivar a compra de uma edição específica de um texto clássico em vez de outra.
 
A internet produziu um aumento muito maior e muito mais rápido que a prensa. Ela estimulou o desenvolvimento de novas ciências da informação auxiliadas pela computação: os mecanismos de busca. Até hoje, porém, é difícil encontrarmos exemplos de inovações editoriais que alteram substancialmente a forma como consumimos conteúdo e, as poucas que há, não estão vindo da indústria editorial e, sim, das indústrias de tecnologia da informação e das telecomunicações. Editores da atualidade parecem dedicar tanto tempo e energia pensando na sobrevivência de seus negócios diante de novos paradigmas que sobra pouco para dedicar à inovação da própria ciência (e arte) de editar. E, ironicamente, a melhor maneira de, não apenas garantir a sobrevivência, mas crescer e prosperar é focar na inovação da prática editorial em benefício de seus usuários. Há muito o que inovar nessa disciplina milenar.

O fim do fechamento
O conceito de se fechar uma matéria - ou seja, finalizá-la para que seja encaminhada para publicação ou transmissão - perde todo sentido na internet. Na web, conteúdo pode ser alterado e republicado instantaneamente e a qualquer momento. E, como várias indústrias vêm aprendendo, se algo que é bom para o consumidor pode ser feito, ele passa a esperar que seja feito de fato. Quando o internauta encontra uma página antiga e desatualizada no site, ele pode muito bem ficar frustrado. Não estaria totalmente desprovido de razão. Abandonar páginas na internet à sua própria sorte não deixa de representar certo desleixo dadas as características do meio.
 
Referência atualizada
Com o fim do fechamento, nasce um outro tipo de conteúdo próprio para a internet: a referência atualizada. O melhor exemplo dessa estrutura de conteúdo é a Wikipedia. Ainda que produto de um esforço colaborativo e não remunerado, é um dos sites que mais frequentemente aparecem entre os primeiros dez resultados de busca de qualquer buscador. Em muitos casos, quando seus verbetes tem dono, o verbete é atualizado com notícias a ele vinculadas quase em tempo real. O desafio para editores digitais, portanto, é organizar a área de conhecimento à qual se dedicam. É estruturá-las para que possam ser geridas e atualizadas constantemente. Princípios e técnicas da biblioteconomia seriam muito úteis nesse esforço. Ajudariam na organização inicial e, depois, nas decisões de acresentar novso galhos às ramificações do conhecimento sobre cada tema.
 

15 de outubro de 2010

Internet Móvel no Brasil? Ainda Não.

As condições para o desenvolvimento da internet móvel são pouco favoráveis no Brasil. Pense duas vezes antes de apostar alto em produtos, serviços e ações de marketing e publicidade para esse novo meio. As maiores oportunidades agora estão na internet fixa de banda larga.

O acesso à internet por aparelhos móveis está decolando nos Estados Unidos e na Europa depois de ter, já há alguns anos, dominado o Japão. Muitas previsões indicam que se tornará o modo predominante de acesso à rede global nos próximos dez anos. No Brasil, tendemos a acreditar que todas as grandes tendências dos países desenvolvidos desembarcarão por aqui cedo ou tarde - e acabam chegando mesmo. Algumas empresas antenadas apostam nisso e começam, desde já, a desenvolver estratégias de comunicação voltadas para esse novo meio, investindo pesado nas inovações a ele vinculadas. O problema é que, no ritmo da era digital, a diferença entre "cedo" e "tarde" pode significar custos de oportunidade ou mesmo perdas significativos.

Se as condições mercadológicas atuais permanecerem estáveis, a internet móvel não será um meio de comunicação relevante no Brasil antes da próxima Copa do Mundo. Há quatro principais motivos para isso. Primeiro, o preço pouco acessível dos smartphones (aparelhos celulares com os recursos necessários para navegação completa na internet) limita sua penetração. Mesmo que essa barreira seja superada pelo pagamento a prestações, a conta dos planos de dados pesa ainda mais no bolso. E essa conta é encarecida pela alta carga tributária dos serviços de telefonia móvel. Isso desincentiva utilização desses serviços pelos usuários e, portanto, também investimentos em inovação por parte das empresas. Por fim, a baixa penetração das redes 3G (e quem dirá das 4G) aliada à baixa velocidade da rede nos poucos lugares onde está disponível, limita a experiência do usuário com esse meio.

Smartphones caros
O preço médio dos smartphones no Brasil ainda é alto, na casa dos R$1.400. Para se ter uma perspectiva, isso é um pouco mais do que renda per capita mensal média dos brasileiros. É verdade que os preços estão caindo mas ainda demora para se tornarem tão acessíveis quanto são em países desenvolvidos. Por isso, a taxa de penetração desses tipos de aparelhos na base de celulares do Brasil, hoje, é apenas em torno de 8%.

Mensalidade alta
Uma vez que o consumidor investe num aparelho moderno, ele se depara com outra barreira. Segundo o recém-lançado estudo Information Economy Report 2010 da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio de Desenvolvimento), o custo mensal para o usuário de um telefone com acesso à internet é em torno de 120 dólares no Brasil, o maior do mundo. Na Índia e na China, esse custo mensal é de menos de 20 dólares. Os valores do estudo da UNCTAD incluem todos os custos, inclusive o do aparelho em si, mas são os pacotes de dados, sobretudo, que aumentam a conta da internet móvel para o consumidor brasileiro com o preço médio por MB móvel na faixa dos R$5.

Aí vêm os impostos. Sobre a conta telefônica incidem o ICMS estadual, cuja alíquota varia entre 25% e 35% dependendo do estado, e os tributos federais COFINS (3%) e PIS (0,65%). Como a alíquota é aplicada sobre o valor final da conta o consumidor paga imposto sobre o próprio imposto. Assim, uma alíquota total de 29% representa uma tributação efetiva de 40%. Ou seja, um consumo de R$100 custa um mínimo de R$140 para o consumidor. Isso, nos estados com ICMS "baixo". Nos estados com alíquota de ICMS de 30%, como o Rio de Janeiro, a tributação efetiva é de 51%.


13 de outubro de 2010

Como Cultivar Inovação na Mídia Brasileira


Uma pesquisa sobre o “futuro do jornalismo” no Google gera cerca de 147 mil resultados. Para “futuro das revistas” são quase 15 mil, “futuro da televisão” quase 60 mil e “futuro dos jornais” impressionantes 80 mil. Muito se escreve sobre esses assuntos em função do enorme impacto que a internet está tendo sobre a indústria da comunicação. Não há dúvida que o futuro de todos esses meios - assim como do jornalismo, da informação em geral e do entretenimento - passa pela internet, o meio de comunicação que mais cresce no Brasil e no mundo. A internet, afinal, é capaz de incorporar as linguagens de todos os outros meios e enriquecê-las.

Para evoluir junto com a internet, as empresas focadas em meios tradicionais têm apenas um caminho: o da inovação. Esse caminho passa, sobretudo, pelas pessoas e pelo ambiente das empresas. Além disso, inovação precisa deixar de ser um investimento pontual e se integrar ao dia-a-dia das empresas. Estudos recentes demonstram que as grandes inovações não resultam de estalos ou relampejos de brilhantismo individual. Pelo contrário, a maior parte delas foram geradas por meio da conjunção das pessoas certas nos ambientes certos e desenvolvidas ao longo do tempo (veja abaixo a vídeo-palestra “Where Good Ideas Come From” de Steven Johnson na TEDx).


Para construir uma cultura que nutre a inovação, organizações precisam contratar talentos inovadores e capacitar equipes com talentos de inovação complementares. Precisam criar um ambiente no qual essas equipes tenham tempo e incentivo para fazer brainstorming, respaldo para realizar experimentos e recursos para desenvolver novos produtos e serviços por meio de sucessos e fracassos. O apoio a essas iniciativas deve vir do mais alto nível da organização e ser sustentado em todos os níveis gerenciais. Os gestores diretos das equipes, em especial, devem agir como orientadores, facilitadores e porta-vozes das equipes.

Além disso, métricas objetivas são fundamentais para acompanhamento do progresso e devem ser incorporados à cultura da organização. O conjunto de métricas, o scorecard, deve contemplar tanto medidas internas quanto referências externas, ou benchmarks, de forma a permitir a comparação com os melhores da indústria e melhores da classe. Também é essencial garantir mecanismos robustos de mensuração das reações dos consumidores ao processo de inovação. Por fim, as organizações devem ter um programa de engajamento dos funcionários. Uma pesquisa do Gallup Institute indica que altos níveis de engajamento de funcionários resultam em maior compartilhamento de idéias e melhores resultados de negócios. Entrando em detalhes, há seis elementos-chave que precisam ser bem equacionados pelas empresas de mídia para instituírem cultura e processos de inovação que as permitam sobreviver e aflorar na era digital.


10 de outubro de 2010

Tempo Dedicado à Mídia Online no Brasil (Setembro 2010)

O MidiaScopio publicou artigo explicando por que tempo dedicado ou time spent é o indicador mais relevante para mensurar o sucesso das empresas de mídia online. Com o intuito de estimular o desenvolvimento da mídia online no Brasil, estréia hoje o Relatório Tempo Dedicado Brasil. Seu indicador chave é o número total de minutos dedicados pelos internautas a cada site segundo o NetRatings do Ibope. O indicador combina o número de visitantes únicos do site com a quantidade de minutos que cada um deles dedica ao site em média. O Tempo Dedicado Brasil considera a audiência de sites das categorias entretenimento, notícias, informação, buscadores, portais e comunidades que, juntos, constituem a mídia online brasileira. Nessa primeira edição, analisamos os números de setembro de 2010 disponibilizados hoje pelo Ibope. Não deixe de conferir o relatório todo mês no MidiaScopio daqui pra frente.

Tempo Dedicado em Setembro de 2010
De agosto a setembro de 2010, o tempo dedicado pelos internautas à mídia online brasileira diminuiu em 1,4%, quase anulando o ganho de 1,6% em agosto. A maior parte desse tempo foi dedicada a buscadores, portais e comunidades que, juntos, representaram 59% da atenção dada à mídia online. Essas categorias também diminuíram em 0,9%. Os sites de entretenimento comandaram a segunda maior fatia do tempo dos internautas, 35%, mas a dedicação à categoria foi a que mais caiu, diminuindo em 2,5%. Na lanterna, surpreendentemente, veio o segmento de notícias e informação representando apenas 6% da audiência que se manteve estável no período.

Top 10
O dez maiores sites da mídia online brasileira não são grande surpresa. Afinal, em setembro, eles representaram 73% do tempo dedicado por internautas aos cem maiores sites e 68% do tempo dedicado aos mil maiores. Por serem tão grandes, não surpreende que não tenha havido mudanças significativas no ranking de agosto para setembro.

A notável exceção é o Facebook que não só cresceu 6,6% como também ultrapassou o iG no ranking, assumindo a nona colocação. Apesar de não terem sofrido alterações em ranking, MSN, UOL, Yahoo! e Globo.com todas sofreram quedas expressivas - de mais que 5% - no tempo a elas dedicado pelos internautas em setembro. Embora não seja possível identificar a causa exata dessas quedas, é possível que seja resultado de competição mais acirrada na cobertura eleitoral dado que as notícias são uma porta de entrada para outros conteúdos dos portais. Enquanto UOL Notícias/ Folha e Globo Notícias tiveram queda em setembro, Abril Notícias/ Veja, Estadão, R7 Notícias, Terra Notícias e iG News/ Último Segundo todos cresceram. Nos casos de Abril e R7, isso resultou em crescimento também em seus portais. Já para Terra e iG, representou uma queda bem menos acentuada que a dos portais concorrentes.

Sob e Desce: Minutagem
Dentre os 100 maiores sites em time spent da mídia online no Brasil, houve movimentos expressivos, tanto para cima quanto para baixo. Analisando esses movimentos, podemos destacar algumas tendências na mídia online brasileira.

A primeira e mais evidente, é o uso crescente de serviços de relacionamento no Brasil. Badoo, o serviço de namoro grátis; Tumblr, ferramenta de blogging social; e Formspring, o serviço de socialização, estão entre os que mais cresceram em setembro. Esse crescimento foi orgânico em parte, mas também veio à custa de outros serviços concorrentes como Ning e Tagged. Vale destacar também o LinkedIn que caiu um pouco esse mês após crescimento expressivo de julho para agosto.

Outra tendência é a guerra competitiva dos jogos online. Entre os MMORPGs (Massively Multiplayer Online Role-Playing Games), The West e WildTangent são os sites de games que mais cresceram em setembro, juntando-se ao Tibia, Gameglen e Bigpoint que dispararam em agosto. O Farmville aparece entre os que mais perderam, mas ainda está no lucro após um crescimento de mais de 150% em agosto. É o mesmo caso do Zynga. Já o Travian teve outra queda, juntando-se ao Habbo entre os que demonstram quedas consecutivas. Também trava-se uma disputa no universo dos jogos online single-player. Esse mês, Terra Juegos e MSN Games cresceram às custas de Terra Diversão, Jogos360 e Globo Jogos/ SpilGames.

Por fim, vale destacar novamente as movimentações nos sites de notícias, muito provavelmente atribuível à cobertura eleitoral. iG News/ Último Segundo e Abril Notícias/ Veja estão entre os sites de maior crescimento. Enquanto isso, o POP foi o veículo de notícias com maior queda e aparece entre os que mais caíram, embora tenham caído também Globo Notícias (-4,7%) e UOL Notícias (-1,7%) em menor grau. 

Sobe e Desce: Ranking
A evolução do ranking de time spent de julho para agosto confirma as tendências da minutagem e oferece alguns destaques adicionais. Ao fenômeno dos serviços de relacionamento acima descrito, soma-se o Sonico, rede de relacionamento de origem Argentina, que galgou 25 posições entrando no ranking das cem maiores da mídia online brasileira. O LinkedIn, como já foi mencionado, está entre os que mais perderam posições, mas continua à frente após um ganho de quase 35 posições em agosto. À guerra dos games, acrescentamos o Steam, plataforma de games online, entre os que cresceram em setembro. O Steam subiu 22 posições no ranking, ficando entre os Top100.

Também a pornografia online ganhou espaço ou, mais especificamente, os vídeos pornô online. YouPorn e Pornhub ganharam 17 posições cada no ranking, esse último ficando entre os 100 maiores pela primeira vez. O RedTube, o maior do gênero no ranking que ocupa a posição 67, também cresceu 24% em setembro e ganhou 3 posições no ranking embora não apareça entre os destaques.

6 de outubro de 2010

A Mídia na Nuvem

Hardware vira software e software migra para a nuvem. É um processo inexorável de evolução tecnológica da mídia. A música, por exemplo, foi embutida em hardware durante muito tempo. O disco de vinil surgiu em 1948, substituindo os antigos discos de goma-laca. A fita cassete veio em 1963 seguida pelo disco compacto (CD) em 1982.  Em 1995, o Moving Pictures Experts Group (MPEG) apresentou o formato mp3 e a música virou software. Hoje, a música está na nuvem, disponível para ser ouvida por meio de serviços como Spotify, Last.fm e Pandora, em qualquer dispositivo conectado, independente de sistemas operacionais ou programas. O mesmo está acontecendo com filmes e livros.

A nuvem é a capacidade de armazenamento e processamento coletiva de conjuntos de computadores e servidores espalhados pelo mundo. Estes são mantidos por empresas como Microsoft, Amazon, Google, IBM, Cisco e muitas outras. Elas "alugam lotes" para empresas e indivíduos por um preço que pode ser mais ou menos transparente, mais ou menos subsidiado. Se você usa Gmail, Hotmail, Wordpress, Blogger, Picasa, Flickr, YouTube, Orkut ou Facebook, entre muitos outros serviços online, uma parte de seu conteúdo já está na nuvem. A nuvem também carrega os programas necessários para consumir esse conteúdo. Assim, para acessá-lo, você só precisa de uma conexão à internet e um navegador.

A mídia migrará para a nuvem porque ela representa uma arquitetura de distribuição com enormes vantagens para as empresas do setor e para seus consumidores. Para a empresa, a nuvem reduz custos e riscos. Oferece maior segurança, escalabilidade e confiabilidade. Por outro lado, exige a superação de uma barreira psicológica: requer que a empresa abdique do controle absoluto sobre seu conteúdo passando a compartilhá-lo com as empresas que provêm esses serviços. Eventualmente, até essa barreira, que hoje parece beirar o intransponível, será superada. Não pelas vantagens técnicas e financeiras da nuvem, mas em função dos serviços que, por meio dela, poderão ser agregados ao conteúdo. E, na medida em que a nuvem se desenvolver e mostrar a que veio, consumidores vão exigir esses serviços, dedicando cada vez menos tempo e dinheiro aos que não os oferecem.

Por meio da nuvem, por exemplo, poderemos consumir conteúdo em distintos aparelhos sem interrupção. Se estamos vendo um filme na televisão e tivermos que sair, poderemos continuar assistindo, do mesmo ponto em que paramos, ao acessá-lo novamente do tablet no táxi. Isso porque a informação sobre o ponto em que paramos ficará armazenada na nuvem, pronta para ser acessada por qualquer aparelho em qualquer lugar. O mesmo vale para livros, revistas e jornais, que poderemos acessar enriquecidos com anotações de nossos amigos ou contatos profissionais e aos quais poderemos acrescentar nossas anotações, compartilhando-as ou não. Com o tempo, nossos comportamentos de consumo de conteúdo e serviços serão registrados e a nuvem, por meio de qualquer aparelho que estivermos usando, saberá nos oferecer o que queremos e opções afins assim que os ligarmos. Além de útil isso reduzirá o tempo que dedicamos à navegação. Assim, a nuvem potencializa as três maiores tendências que observamos hoje em relação ao consumo de tecnologia e conteúdo digital: mobilidade, socialização e personalização.